Glossário

Vários elementos e instrumentos na Umbanda possuem nomes nem sempre conhecidos por seus frequentadores. Para facilitar seu entendimento, segue aqui a descrição de alguns itens.

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A

Abacé: É a área reservada, dentro da tenda, onde os trabalhos espirituais são realizados.

Adejá: Sininho usado pelo sacerdote para sinalização ou ativação de alguma linha espiritual de trabalho. Só pode ser utilizado pelos dirigentes espirituais da casa e são também um símbolo de sua autoridade e responsabilidade diante dos trabalhos.

Amaci: É um preparado à base de água e sumo de diversas ervas, que congrega energia espiritual em alta intensidade. É utilizado para energização de instrumentos, assentamentos e pessoas.

Aruanda: É o reino espiritual, onde vivem as entidades de trabalho da Umbanda.

Assentamento: É qualquer ponto onde alguma força espiritual é magnetizada e passa a ser, a partir de então, um local de conexão entre esta força e o plano terreno. Um assentamento de Oxalá, por exemplo, pode ser utilizado por todos que desejam receber sua energia.

Assistência: É a área com cadeiras onde os freqüentadores aguardam para serem atendidos.

B

Babalorixá: Sacerdote ou pai de santo.

Banda: É o termo usado para designar um grupo de trabalho espiritual.

C

Cambono: São os médiuns auxiliares, que não incorporam e assessoram os espíritos enquanto trabalham na terra.

Capangueiro: É um dos nomes dados aos trabalhadores espirituais de Umbanda, mas usados para aqueles que “descem” para ação na esfera terrestre.

Casuá: É uma pequena cabana, mas também significa “casa”.

Congá: Também chamado de “gongá” é o altar central da tenda.

D

Demanda: Desentendimento, batalha espiritual ou ação que causa desarmonia.

E

Egum: É o termo usado para designar os espíritos desencarnados que não fazem parte das falanges de trabalho, podendo ser de qualquer natureza, felizes ou sofredores. Não confunda com Kiumba, que são espíritos maléficos.

F

Falanges de trabalho: São os diferentes grupos espirituais que trabalham em uma casa de Umbanda. Clique aqui para conhecer alguns deles.

Firmeza: Na Umbanda, “firmar” significa assentar ou estabelecer um ponto de força espiritual. Acontece quando acionamos o plano espiritual pela ação de nossa vontade e nosso pensamento.  Assim, uma firmeza para Oxalá pode ser, por exemplo, uma vela acesa junto a uma prece feita a Jesus Cristo.

G

Gira: Popularização do termo “Engira”. É qualquer sessão de trabalho na umbanda. Podem ser comemorativas, de atendimento ou de desenvolvimento mediúnico.

Guia de Contas: São colares de contas magnetizadas usados para proteção e energização dos médiuns durante o trabalho. As contas são identificadas com a cor do orixá a que cada guia se refere. Há também guias feitas de sementes, madeira e outros elementos, de acordo com sua finalidade.

J

Jacutá: É um pequeno altar onde se firmam assentamentos, por exemplo.

Jurema: É o nome dado ao reino espiritual formado por matas e florestas, onde vivem as falanges dos caboclos e de Oxossi. Há ainda um outro reino similar chamado de “Humaitá”, onde habitam os trabalhadores ligados a Ogum.

K

Kiumba: São espíritos arraigados ao mal, que agem energicamente na perturbação dos trabalhos da luz.

L

Linha: É uma faixa vibratória ou energética. Cada Orixá possui diversos trabalhadores em sua linha de trabalho.

M

Macaia: É um local sagrado nas matas. O termo também é usado para as sessões comemorativas celebradas na floresta.

Marafo: Cachaça. Bebida usada para limpeza energética extrema, usada pelos exus.

Médium de trabalho: Também chamados de “aparelhos” ou “cavalos”, são os médiuns incorporantes que trabalham nas sessões. Ao contrário do que parece, o termo “cavalo” não é pejorativo, mas sim uma alusão ao relacionamento de extrema confiança e carinho que existe entre estes animais e os homens que trabalham do campo.

O

Ogan: É o responsável pela condução dos trabalhos na esfera física enquanto os sacerdotes estão incorporados com suas entidades de trabalho. Os ogans conduzem também a linha vibratória da sessão pelo toque dos atabaques, como são chamados dos tambores de origem africana.

Olorum: É um dos nomes utilizados para Deus. Também são usados os nomes “Zambi” e “Olodumarê”.

Orixá: Diferentes desdobramentos da energia que vem de Deus. Clique aqui para saber mais.

P

Patuá: Um tipo de amuleto com várias finalidades, magnetizado por uma entidade de trabalho.

Pemba: Um tipo de pó à base de calcário, similar ao giz, usado para cruzamentos, traçar pontos ou magnetização energética. Há pembas de várias cores. Cada uma referente a um orixá diferente.

Ponteiro: Pequenos punhais utilizados por caboclos e guardiões na firmeza de trabalhos espirituais. Não tem relação com cortes ou sacrifício de animais, mas sim como sinalizadores energéticos para as equipes de trabalho espiritual.

Ponto Cantado: São os cânticos que promovem a sintonia entre os planos terreno e astral.

Ponto Riscado: São símbolos que identificam uma falange de trabalho ou grupo energético. Ao serem traçados, firmam naquele local um ponto de ligação entre os diversos planos da espiritualidade. Cada elemento presente nos pontos indica a ação de uma forma de energia diferente. Funcionam também como uma identificação das falanges no plano espiritual.

S

Saravá: Uma saudação umbandista.

Sereia: É o nome usado para entidades das linhas de trabalho das águas, como as de Yemanjá, por exemplo.

Y

Yalorixá: Sacerdotisa ou mãe de santo. Também é chamada de “Babá”.

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